segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

Por Tabata de Lima
Terceiro ano. Harry, Rony e Hermione não são mais crianças, o clima fica mais tenso em Hogwarts. Esse é o cenário de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, terceiro filme da série, quem aceita o desafio de dar continuidade à essa saga é o mexicano Alfonso Cuáron. Sua direção trouxe ao filme um tom mais sombrio, com efeitos especiais melhores comparados aos 2 primeiros filmes e com um ar menos infantil. Depois do lançamento de todos os filmes, Prisioneiro de Azkaban é considerado por muitos o melhor filme da série. Particularmente, HP3 está entre meus filmes preferidos.


Crítica de: http://pipocacombo.com/a-a-z/critica-harry-potter-e-o-prisioneiro-de-azkaban/
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
Por Érika Zemuner
O terceiro livro da saga criada pela britânica J.K. Rowling representa, tanto na série quanto em relação ao personagem protagonista, um amadurecimento notável. É com satisfação que se constata, então, que essa evolução foi transposta para a versão cinematográfica de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, dirigida pelas mãos habilidosas do mexicano Alfonso Cuarón.
No terceiro episódio estrelado pelo trio Harry (Daniel Radicliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson), o mundo bruxo é surpreendido pela fuga de Sirius Black, um perigoso assassino seguidor de Lord Voldemort, da prisão de Azkaban. A façanha de escapar do presídio de segurança máxima nunca fora realizada por ninguém, o que torna a proeza ainda mais impressionante. Para tornar a situação ainda pior, ao que tudo indica, Black está no encalço do jovem Potter e sedento de vingança. Como a vida de Harry nunca foi fácil, acrescenta-se à ameaça de um fugitivo da prisão bruxa a presença dos assombrosos Dementadores, os guardas de Azkaban que estão de vigilância por toda a escola de Hogwarts, e temos a atmosfera sombria que predomina em quase todo o filme.
Se Chris Columbus foi o responsável por criar o universo magicamente idealizado da escola de bruxaria, Cuarón trouxe à nova sequência o toque de realidade que faltou aos dois primeiros longas. Tudo perfeitamente compatível com a chegada dos personagens centrais à adolescência. Harry, interpretado por um Radicliffe visivelmente mais seguro em cena, agora tem acessos de fúria, contesta com convicção os comentários maldosos de Tia Guida (Pam Ferris) e, revoltado com seus parentes, foge de casa sem destino para suas próximas aventuras. E, se por um lado, correr pela neve aos prantos parece excessiva e falsamente dramático, é o próprio Radicliffe quem protagoniza uma das mais belas cenas do filme, ao lado de David Thewilis, que chega para viver o conturbado professor Remus Lupim.
Ressalvas feitas a mais um roteiro fraco de Steve Kloves – que dessa vez preferiu, ao invés de simplesmente reproduzir o livro tal e qual foi escrito por Rowling, criar um quebra-cabeça de recortes que em alguns momentos representará um desafio àqueles que não leram a obra original -, todo o resto do trabalho em Prisioneiro de Azkaban foi aprimorado pela equipe de Cuarón. Os efeitos especiais melhoraram a olhos vistos, alternando cenas de magia cotidiana com sequências de refinada tecnologia cinematográfica. A trilha sonora, mais uma vez sob a batuta de John Williams, é de um bom gosto bastante apurado, enriquece cenas já bem elaboradas e até ganhou uma faixa cantada pelo coral de alunos de Hogwarts. Além de tudo, o elenco foi reforçado por Gary Oldman, que dá vida ao agora ex-prisioneiro Sirius Black. Embora com poucas cenas, é nítido que Oldman soube ministrar com muito talento as nuances de que precisava seu personagem para que fosse ele convincente e de acordo com aquele criado pela escritora.
O maior mérito de Alfonso Cuarón foi extrair de Harry Potter mais que uma sequência caça-níquel de uma série infanto-juvenil. Com seus cenários sombrios, tomados especialmente pelo cinza que predominou na nebulosa Escócia das filmagens do longa, o diretor criou o filme mais adulto até então. Ele soube conduzir o trio principal de uma forma que permitiu que fosse alcançada a melhor interpretação possível de sua pouca experiência no cinema; também retirou dos adolescentes as pesadas vestes de Hogwarts, que deram lugar a roupas muito mais “trouxas” no período em que os jovens não estão dentro de suas salas de aula. Foram poucas e significativas mudanças, que andam paralelas ao crescimento dos atores, dos personagens e dos próprios filmes, fazendo de Prisioneiro de Azkaban mais maduro que seus antecessores e jus ao estrondoso sucesso da série. O desafio de Harry Potter continua sendo permanecer vivo apesar das investidas ameaçadoras de Voldemort. O dos próximos diretores, superar Cuarón.



Trailer de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

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